Trovas de Eliana Jimenez
Líricas/Filosóficas
As paixões têm
seus segredos,
profundezas intocadas,
protegidas por
rochedos
em distantes
enseadas.
Ser feliz eu
me propus
e segui esta
verdade:
quem semeia a
própria luz
colhe sempre
claridade.
Todo mal eu
minimizo;
ao sorrir,
espalho o bem.
Quem põe num
rosto um sorriso
sorri na alma
também.
Se sou alvo,
não me oponho,
a coragem dá
franquia.
Quem na vida
tem um sonho,
faz dos dardos
fantasia.
Em versos de
mil facetas
eu componho o
meu intento:
com rede de
borboletas
caço palavras
ao vento.
Rios sujos,
aviltados,
uma floresta
abatida
mostram falta
de cuidados
com a nossa
própria vida.
Sem ação,
ensinamento,
obra alguma a
ser lembrada,
quem passou
tal qual o vento
só viveu, não
deixou nada.
Nas grandes tramas de amor,
o livro é
ponte, em verdade,
que liga o autor ao leitor
em doce cumplicidade.
Se a vida me
põe à prova,
eu aceito o
desafio:
do infortúnio
faço trova
e a tristeza
ludibrio.
Humorísticas
Na vida e no
galinheiro
o machão já
entrou na linha;
lá do alto do
poleiro
canta de
galo... a galinha.
Vida boa, de
ricaça,
passa o dia
enchendo o bucho:
morar em sebo,
pra traça,
é condomínio
de luxo.
Uso o wi-fi do meu vizinho.
Sou esperto,
uma raposa;
senha fácil... coitadinho:
é o nome da minha esposa!